sábado, 14 de junho de 2014

Dramas iogurteiros

 Sábado de manhã, cedinho, ao fim de uma noite mal dormida e num dia de calor descomunal.
 Uma criatura arrasta-se ensonada pela casa, até à banheira. A larica instala-se e a criatura com pressa para amenizar os demónios estomacais vai ao frigorífico, pega um iogurte e arrasta-se mais uma vez até ao quarto, onde se vai preparar a rigor para mais uma entrevista da lista.
 Conhecem a tampinha de alumínio que por norma vem a selar, e bem, o liquido da garrafa, não é? A criatura também conhece, ou tinha esperança que sim. É então que retira a tampa de plástico da garrafa e assim que começa freneticamente a agitar o iogurte, uma nhanha espessa iogurteira dispara para todos os lados. Fosse cama, cómoda, televisão, chão, gatos, as calças formais imaculadas preparadas para a entrevista (que, por uma sorte descomunal, estavam do avesso e evitou-se então uma tragédia maior)... Tudo ao alcance da ira do iogurte cujo selo foi violado ficou condenado. E a criatura estúpida com tanto sono que a possuía ficou ali, impávida e serena a tentar perceber que tempestade por ali tinha passado.
 Só a mim!

("Pessoas queridas" que abrem os iogurtes nos supermercados, não os metam de volta na embalagem, plo amor da santa! Já uma vez trouxe um pack em que uma das garrafas tinha sido bebida. Hoje foi esta... Temo pela terceira vez!)

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